sexta-feira, 10 de agosto de 2007

MONTANDO A INSTALAÇÃO






INSTALAÇÃO RECICLARTE


Um dos maiores desafios que a humanidade tem a vencer é a gigantesca quantidade de lixo produzido. Diariamente, toneladas e mais toneladas de detritos se acumulam, transformando os arredores das cidades. Essa situação se agrava devido à confusão entre o que seja bem-público e bem-privado. Na verdade, a maioria das pessoas não se sente responsável pelo lixo que produz...


Observando o lixo produzido nas grandes metrópoles, ainda percebemos o terrível desperdício de matéria-prima, uma vez que muitos desses resíduos poderiam ser reciclados, reaproveitados para a criação de outros artefatos, colaborando não somente no saneamento de parte do problema, como na renda familiar de milhares de pessoas. Entretanto, mesmo o reaproveitamento muitas vezes se torna inviável, devido à forma como o lixo é tratado. A ausência de coleta seletiva, a mistura de dejetos ou o simples abandono de um copinho de iogurte em meio aos demais refugos podem inviabilizar o reaproveitamento. É só pensar no que acontece a esse mesmo copinho depois de três ou quatro dias... além de os restos da bebida fermentarem, causando mau cheiro, eles provavelmente atrairão vários insetos e pequenos animais.





Como mudar isso? Com atitude. É só começarmos. Com a instalação Reciclarte, queremos despertar a consciência das pessoas para a necessidade de conter o desperdício e de realizar a coleta seletiva, colaborando na reciclagem dos materiais.
Acreditamos que devemos dar ao “lixo limpo”, ou “lixo reciclável”, a atenção, dedicação e estudos necessários, para que este deixe de ser o grande desafio a ser enfrentado e se torne uma nova matéria prima, completamente reaproveitável, com diversas e boas formas de utilização.



Sobre a instalação

Para provocar e despertar essa consciência nas pessoas, criamos um grande móbile, todo feito com lixo reciclável. Ou seja: partimos de restos, do que é comumente visto como “feio” e “sujo”, e criamos algo impactante, referenciando a transformação do “lixo sujo” em “lixo limpo”. Esse lixo transformado é em tons de prateado, cor que obtivemos através de objetos recobertos por papel alumínio ou pintados de prata, ou então pela utilização de objetos originalmente desta cor, como artefatos de alumínio, inox e outros. Essa transformação se deu lentamente: enquanto que a estrutura dianteira do móbile trará os resíduos em estado natural, a parte do meio será um misto de lixo em aspecto natural e com intervenção, e a final tem todos os materiais prateados, enfatizando a mudança. A cor, portanto, sinaliza o processo.
Além disso, alguns participantes do grupo estão criando objetos utilitários a partir de restos, exemplificando as várias possibilidades desses materiais.
Também será colocada uma urna no espaço, no formato de tonel de lixo, que recolherá manifestações e opiniões do público, referentes às possibilidades de ações individuais e coletivas para a preservação do meio ambiente. Os resultados da votação serão divulgados no final do mês de novembro. A idéia é de que o espectador se sinta chamado a agir, se sinta questionado sobre o que ele pode fazer para ajudar.




Quanto plástico em vão...

Você já pensou no enorme desperdício que representam as sacolas plásticas, essas de supermercado? Pois é: outra atividade será a criação de sacolas de papel e de pano, com imagens estampadas e assinadas por participantes do grupo. A idéia é fazermos uma parceria com algum supermercado que se interesse em encampar o projeto. Esta sacola será oferecida aos consumidores enquanto estiver acontecendo Essa POA é Boa e a Bienal do Mercosul. Além da imagem, sugerimos que seja impressa a frase Eu reaproveito a minha sacola. Estou fazendo a minha parte. E você?

Envolvendo a comunidade

As atividades do nosso grupo ainda prevêem quatro oficinas de arte-educação a cargo da Ong Cristal Florido, que serão ministradas à comunidade. Também haverá uma série de palestras sobre ambientalismo, a cargo de instituições que têm pautado sua atuação nesse campo, como a a AGAPAN, Associação Gaúcha de Proteção Ambiental; a Fundação Gaia, representada por Christian Lavich Goldschmidt, que falará sobre criação teatral com elementos da natureza; o Núcleo Amigos da Terra, que fará os chamados “Diálogos Ambientais” com o público; e o Greenpeace, que focará sua participação nos assuntos relacionados à Amazônia e ao clima.



O projeto R_ECOnstruindo a vida ainda promoverá uma série de atividades culturais, como uma exposição de fotografias relacionadas à fauna e à flora do Rio Grande do Sul, de autoria do fotógrafo Paulo Brack. Durante a inauguração da mostra, também haverá duas performances: o artista plástico e ator Luiz Leite fará O Homem-Lixo, enquanto que Marco Penha, Cibele Grassi, Maju Hesseborn e Zoravia Bettiol apresentarão O Buffet de Filomena. No Teatro Novo ainda haverá a encenação da peça O Menino da cabeça de cebola. E, enriquecendo ainda mais a programação do grupo, a apresentação do coral guarani Nhanderú Jepoverá.


Todas essas atividades acontecerão no espaço da instalação. Para tanto, será criado um pequeno auditório, cujos bancos serão feitos com restos de madeira e pneus velhos, nos quais o público e, principalmente, as crianças envolvidas no projeto, poderão sentar para assistir às várias atividades e palestras relacionadas ao ambientalismo e à ecologia.

Acreditamos que, por meio dessas atividades, estaremos questionando as pessoas acerca de sua participação nos problemas ambientais e quanto ao próprio futuro de nosso planeta.


APRESENTAÇÃO DO BLOG NA LIVRARIA CULTURA - 28/07/2007


Abertura da apresentação do GRUPO R_ECOnstruindo a vida, por Marise e Zoravia
Zoravia Bettiol na Livraria Cultura

Bina Monteiro

Zoravia, Bina e Marco

Apresentanção do Coral - Nhanderú Jepoverá por Vherá Poty
Apresentação do Greenpeace por Tânia Pires

Apresentação da Fundação Gaia por Christian Lavich

Apresentação da Companhia Teatro Novo por Ronald Radde

Livraria Cultura no dia 28 de julho

Encerramento da apresentação do grupo por Tomaselli e Zoravia

28/07/2007